Diretora de Guerra ao Terror causa indignação no Paraguai e Argentina ao apresentar tema de novo filme

Toby Melville/Reuters
A cineasta Kathryn Bigelow, a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção, por Guerra ao Terror, pode encontrar problemas para filmar seu novo longa, intitulado Triple Frontier. As autoridades do Paraguai e da Argentina reagiram com indignação aos planos para o projeto, alegando que a história vai retratar a região de uma forma negativa, além de trazer prejuízos ao turismo local.

- Quanto irá nos custar para limpar (depois) nossa imagem? Seria estúpido, para nós, apoiarmos o filme. Estamos todos furiosos porque parece que está faltando ideias, como se não houvesse temas suficiente no mundo. Por que, em vez disso, ela não faz um filme sobre as 8 mil execuções que tiveram na fronteira do México com os Estados Unidos?.

As filmagens devem ser realizadas na fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina, região que compreende um dos destinos turísticos mais visitados da América do Sul. É o local onde se encontram as Cataratas do Iguaçu - uma dos maiores complexos de cachoeiras do planeta - e três cidades importantes: Ciudad del Este, no Paraguai, Puerto Iguazú, na Argentina, e a cidade brasileira, Foz do Iguaçu.

A região também é conhecida pelo tráfico de drogas e armas. Autoridades americanas afirmam que Ciudad del Este, que tem uma grande comunidade árabe, é o lar de grupos envolvidos em captação de recursos para grupos terroristas internacionais.

Mas a resposta brasileira a Triple Frontier foi mais otimista. Carlos Duso, chefe de gabinete da prefeitura de Foz do Iguaçu, disse que a cidade está disposta a ajudar da forma que for preciso.

Não há previsão para o início das filmagens e poucas informações foram reveladas, mas sabe-se que Kathryn Bigelow pretende usar recursos visuais semelhantes aos que foram usados para falar da Guerra do Iraque em seu premiado longa. Mark Boal, que trabalhou com a diretora em Guerra ao Terror, deve trabalhar com ela mais uma vez.


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