Marcia Faria concorre ao prêmio Palma de Ouro com o curta Estação

Ansiedade, alegria e entusiasmo são alguns dos sentimentos da diretora do curta-metragem Estação Marcia Faria, concorrente ao prêmio Palma de Ouro de curta-metragem da 63° edição do Festival de Cannes, que acontece de 12 a 23 de maio no sul da França.
Em entrevista por telefone, a cineasta contou ao R7 a emoção de ver seu projeto em um dos principais festivais de cinema do mundo.
- É incrível ter sido selecionada. A indicação vai ajudar muito a visibilidade do curta, não só no Brasil, mas como em outros países. Estar em Cannes já é o maior prêmio.
Estação M

Sem imaginar que chegaria tão perto do prêmio, Marcia sonha com Cannes desde pequena. A escolha pela profissão é mais que justificável, ela é filha do produtor Rivanides Faria, sobrinha do diretor Roberto Faria e do ator Reginaldo Faria, além de ser prima do ator Marcelo Faria.
Quanto ao projeto Estação, a diretora explicou que a ideia surgiu durante os testes da série da HBO, Alice. No processo de escolha do elenco, um dos pedidos a mais de mil jovens que fizeram o teste, era o de contar uma história que havia marcado suas vidas.
- Engraçado como as pessoas contam apenas aquelas histórias trágicas. Os momentos ruins marcam mais que os bons. Então, quando ouvi esta história, fiquei impressionada. Foi quando resolvi usá-la para o curta.
Estação conta a história de uma garota que vem do interior para São Paulo e termina morando no Terminal Rodoviário do Tietê.
- O projeto mostra uma jovem, que sonha em ser atriz, mas acaba achando dentro da estação uma sensação de segurança, apesar de ser um lugar áspero. A desorientação vem da própria personagem, interpretada pela atriz Caroline Abras.
Marcia se prepara, agora, para dirigir um longa-metragem, ainda sem título e sem data para ser rodado. A produção vai contar a história de uma avó argentina que vem ao Brasil atrás do neto. O grande desafio desta trama será o tempo. A senhora precisa achar o garoto antes que perca a memória.
Estação está na disputa pela Palma de Ouro com mais oito curtas: o francês Chienne D’Histoire, de Serge Avédikian, o israelense First Aid, de Yarden Carmin, o australiano Muscles, de Edward Housden, o sueco Micky Bader, de Frida Kempff, o letão To Swallow a Toad, de Jurgis Krasons, o cubano Rosa, de Monica Lairana, o argentino Maya, de Pedro Pío Martín Pérez, e o chileno Blokes, de Marialy Rivas.


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