
A segunda década do século XXI parece estar se tornando a era em que as emissoras americanas trarão de volta à vida diversas séries que fizeram sucesso no século passado. No calendário de estréias estão previstas séries como “Charlie´s Angels“, “Dallas” e “Wonder Woman“, todas prometendo trazer o mesmo brilho que trouxeram no século passado, em suas versões originais dos anos 80.
O reboot de séries não é um hábito novo das emissoras, mas de alguns anos para cá tem se tornado mais comuns. Em 2010 foi a vez de “Hawaii Five-0“, “Nikita” e “V“, que também fizeram sucesso no passado, voltarem à cena. Antes disso, “90210” ganhou uma nova versão, que já se encontra na 3ª temporada.
E junto com este hábito relativamente novo da indústria da TV americana, vem uma questão que começa a rondar a cabeça dos fãs: “Acabou a criatividade dos roteiristas ou o reboot de séries é também uma receita de sucesso?”.
Eu, particularmente, acredito que criatividade não falta aos principais profissionais da indústria do entretenimento da América. Mas também entendo que o simples fato de uma série ser rodada novamente não é uma garantia de sucesso.”V“, por exemplo, recém está terminando sua segunda temporada e já corre risco de cancelamento. “90210” vem para a sua quarta temporada aos trancos e barrancos com a audiência. Nada que nos permita concluir que as séries tenham alcançado sucesso.
Enquanto isso, “Hawaii Five-0” vem muito bem obrigado! E volta com o mesmo gás da série original! Revigorado com as atuações de Alex O´Loughlin e Scott Caan nos papéis da dupla Steve e Danny, revigorados, mantendo a ação como ponto alto da série. “Nikita” também segue uma linha semelhante a “Hawaii Five-0“, com muita ação, suspense e realismo.
Se chegarmos à conclusão que a receita de sucesso para reboot de séries é a ação, o suspense e o realismo, enquanto a ficção e romances juvenis é receita de fracasso, podemos apostar mais dinheiro no sucesso do reboot de “Charlie´s Angels” do que na nova versão de “Dallas“, que trará para o século XXI a guerra entre os herdeiros das famílias Ewing e Barnes.
Mas e “Wonder Woman“? Vou deixar para apostar minhas fichas depois que descobrir qual será o foco principal da série, se vai ser na ação, na ficção ou no romance, mas especialmente na própria desenvoltura do elenco. Pairam dúvidas sobre a atriz protagonista da série, Adrianne Palicki. Mas enfim, pensavam o mesmo de Tom Welling – comparado com seu antecessor no papel de Clark Kent, Dean Cain de “Lois & Clark“-, 10 anos atrás, e “Smallville” foi um tremendo sucesso (e Tom Welling o maior Clark Kent de todos os tempos), mesmo sendo basicamente uma série de ficção (exagerada) e, por muitas vezes, recheada de romances problemáticos exagerados e cansativos.
Claro que a popularidade do herói contou para isso. Então, fica a pergunta: será que a Mulher Maravilha pode superar, ou ao menos igualar o Super Homem? Eis a questão. A resposta? Me perguntem de novo daqui a um ano!
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